sábado, 6 de agosto de 2011

UM ASSUNTO MUITO POLÊMICO



Sim, amigos. No post de hoje falarei sobre mamilos.

      E tudo começou com a corrida de hoje. Finalmente, depois de tratar (na verdade ainda estar tratando) o joelho, estou novamente aumentando o tempo e a quilometragem das minhas corridas. Atualmente tenho me preparado pra correr 10K em outubro, no Circuito Vênus, e em novembro, no Circuito Athenas, e nessa semana tenho corrido 45min seguidos, o que dá aproximadamente 6K. Acho que vale a pena mencionar também que eu tenho usado um top de corrida novo, no mesmo modelo dos outros que eu tenho, mas um número menor (porque parece que emagreci ainda mais por causa da corrida, yay!).

      Enfim, estou eu lá correndo, num ritmo legal, já chegando ao fim da corrida, quando de repente começo a sentir uma queimação EXCRUCIANTE do lado esquerdo do peito, mais especificamente no seio esquerdo. Nessa hora meu lado hipocondríaco foi acionado, e as possibilidades que me vieram à cabeça nos dois minutos finais da corrida foram infinitas. Elas passaram de câncer de mama, rompimento do ligamento de sustentação dos seios a ataque cardíaco. Sim, eu cheguei a pensar que a queimação na verdade fosse uma dor no peito meio estranha que estivesse indicando o início de um infarto (!!!). Mas não me julguem, eu sou mega assustada e paranóica com essas coisas. 

      Nesse momento eu já estava ensaiando virar à direita para entrar correndo no hospital em frente ao qual eu estava passando pra pedir peloamordedeus pra ver um médico porque eu estava morrendo, mas decidi colocar a cabeça no lugar, deixar o pânico de lado e ver COM CALMA o que estava errado assim que a corrida acabasse.

      A corrida acabou uns 30s depois. Nesse espaço de tempo a ficha finalmente caiu do que provavelmente estava acontecendo, e eu, com um misto de dor/horror no rosto olhei apavorada pra minha camiseta de corrida esperando ver algo parecido com isso:

Bloody nipples, eeeew!!!!

      Mas não. Por sorte a situação não estava feia a esse ponto. Mas sim, eu finalmente fui vítima do que as revistas de corrida por aqui chamam de 'chafing', que nada mais é que um atrito que causa assaduras.

      No entanto, como quase que exclusivamente homens reclamam desse problema, eu achei que com meu top de corrida eu estivesse livre desse mal. Ledo engano. Não sei se foi o top novo, mais apertado, que ao invés de segurar melhor teve o efeito contrário por estar de repente justo demais, ou se foi a quilometragem aumentada, ou se foram os dois combinados, mas fato é que eu descobri da forma mais dolorosa possível que mulheres também podem sofrer com isso.

      Então deixo aqui algumas dicas, para homens e mulheres, para que vocês não passem pelo que passei hoje:

      1) Camisetas de algodão: Tomem extra cuidado se vocês correm com camisetas de algodão. Elas parecem super confortáveis, mas o atrito da pele com o algodão é bem maior em comparação ao atrito que ocorre quando você usa tecidos dri-fit/especializados pra corrida.

         2) Top de corrida: Essa, obviamente, é só para as meninas. Um top de corrida bom não pode ser de algodão, tem que sustentar o suficiente sem deixar nada espremido, e de preferência tem que ser feito de um tecido que não acumule muito suor, porque ele pode acabar piorando as assaduras. Esse modelo aí ao lado, da Nike (ó a propaganda gratuita), é exatamente o que eu uso. Ele não é decotado nem tem nada de especial, mas faz o principal, que é segurar tudo no lugar.

     

      3) Band-aids: Essa pode funcionar bem pra homens (que não são muito peludos =P), e segundo a Runners' World, é uma das formas mais eficazes de previnir o problema. O ideal, ainda segundo eles, é colar o band-aid no lugar no dia anterior se possível, pra dar mais tempo de ele aderir de verdade à pele. No entanto, eu não recomendaria essa estratégia pra mulheres, porque a assadura, pelo menos no meu caso, não ficou apenas na área central, toda a pele em volta ficou um pouco assada também. Aí não tem band-aid que dê conta de cobrir o seio todo.


      4) Bodyglide: Ele tem a textura daqueles desodorantes roll-on secos, mas é um pouco mais 'escorregadio' (a textura lembra um pouco uma parafina meio oleosa). Nada mais é do que uma espécie de bálsamo pra servir de proteção ou barreira entre sua pele sensível e o tecido. No entanto, por ser um produto mais especializado, ele pode ser mais caro e/ou difícil de encontrar por aí. Então a opção mais fácil e barata acaba sendo a boa e velha...



      4) Vaselina (aka geléia de petróleo): É barata, fácil de encontrar, e as revistas/websites de corrida dizem que esse é o jeito mais eficiente (embora um pouco melado, tenho que admitir) de evitar o problema. Eu já comprei o meu potinho, e prometo comentar aqui a respeito da eficácia dele num próximo post. Torçam pra que funcione, porque olha... corredor nenhum merece passar por isso.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

ANTES TARDE DO QUE NUNCA! Circuito Athenas 2011 (1ª Etapa SP)

     E mais uma vez, apesar de eu ter abandonado temporariamente o blog, a corrida continua firme e forte! Mas vamos lá, com quase 1 mês e meio de atraso, cá estou eu pra escrever sobre como foi participar da minha primeira corrida.


      A primeira etapa do Circuito Athenas em São Paulo ocorreu no dia 22/05 e eu optei por correr apenas 5K nela.
      Acho que a primeira coisa que me vem à cabeça quando lembro da corrida é que foi tudo muito rápido. Foram 3 meses de treino, antecipação, planejamento, dores e idas ao fisioterapeuta, que culminaram em uma corrida que acabou... em menos de 40 minutos. Claro que eu não esperava que fosse durar mais que isso, mas a sensação é bem estranha, tudo começou e acabou muito, muito rápido. Mas enfim, vamos por partes:


         A LARGADA
      Eu tinha dito pro meu pai que não ia ser igual à São Silvestre em termos de quantidade de gente participando, mas olha, o evento estava sim bastante cheio. Eu mesma só consegui largar uns 7 minutos depois de terem anunciado a largada, tamanha era a quantidade de gente esperando pra cruzar a barreira que vai ativar o chip que marca seu tempo.

Essa sou eu no meio da muvuca esperando pra largar (acreditem, nessa hora já estava bem mais tranquilo. Quando me juntei à multidão, quase não consegui achar espaço pra abaixar e amarrar o tênis!).

      
      Então no começo é assim mesmo: você vai andando devagarzinho, devagarzinho (no melhor ritmo "Imhotep... Imhotep..."), e demora um pouco até você conseguir pegar velocidade, que por sinal fica sendo constantemente interrompida por outros corredores.


          A CORRIDA
      A corrida em si se assemelhou bastante aos meus treinos, porque mesmo tendo trocentas pessoas correndo ao meu lado, eu estava mesmo é sozinha, correndo no meu tempo, só tomando cuidado pra não atropelar ninguém que estivesse caminhando no percurso. Essa, aliás, foi uma das coisas que mais me deixaram brava durante a corrida: pessoas andando. Muito devagar. Durante todo o percurso! E aqui preciso abrir um parênteses pra admitir que mordi feio a língua. Explico. Antes da corrida tinha colocado na cabeça que o importante era participar mesmo que você não aguentasse correr o percurso todo, que tudo bem caminhar se você estivesse cansado, e blá, blá, blá. Só que durante a corrida, eu só queria sair empurrando aquela galera toda pro lado, gritando pra sair do caminho porque aquilo era uma corrida, UMA COR-RI-DA, NÃO UMA CAMINHADA, e que elas estavam atrapalhando quem queria correr de verdade! Uma atitude horrível, eu sei, mas acho que faltou orientar as pessoas melhor antes da corrida, deixando claro que se elas quisessem caminhar elas deviam ir para a direita, deixando a esquerda livre para quem quisesse ultrapassar.


       O ÚLTIMO KM ANTES DA CHEGADA
      O legal da sinalização que fizeram pra corrida é que eles avisam quando você está no último quilômetro, nos últimos 200 e 100m. Isso serviu, pelo menos pra mim, pra dar aquele último gás (já que estava acabando mesmo, não havia mais motivo pra poupar esforços) e terminar os 5K mais rápido do que eu jamais havia terminado. Enquanto minha média em treinos era de 37min, consegui terminar a corrida em brilhantes 35:58, o que me deixou extremamente feliz! E você fica tão feliz, satisfeito consigo mesmo e empolgado que dá vontade de correr tudo de novo ali mesmo naquele instante! É uma sensação muito gostosa mesmo.

Essa sou eu contando a aventura toda pra minha mãe e minha irmã segundos depois de ter cruzado a linha de chegada.

      
      E foi isso. Agora mal posso esperar pela última etapa, em novembro, que é quando correrei 10K. Retomei meus treinos sexta passada, depois de uma pausa pra tratamento do joelho (finalmente descobri o que tem de errado com ele, mais informações no próximo post!), e agora estou novamente aumentando a quilometragem gradualmente. Até novembro com certeza estarei correndo os 10K tranquilamente, e recomendo que todos experimentem participar de uma corrida pelo menos uma vez na vida. É estranho, pessoas andando enchem o saco sim, mas a sensação de ter conseguido completar uma corrida num tempo bom é inexplicável! Fica a dica pra quem quiser se aventurar. =)

sábado, 14 de maio de 2011

Acidentes às vésperas da corrida

      Cheguei à conclusão que às vésperas de uma corrida, a melhor opção deve ser se trancar em uma sala acolchoada de manicômio pra evitar qualquer acidente que te impeça de participar. Digo isso porque essa semana não só recebi notícia de uma amiga que ia correr comigo, mas não vai mais poder porque quebrou o dedinho do pé depois de uma topada infeliz em um móvel, mas também porque eu mesma tomei um baita susto hoje. Se tivesse sido mais grave, podia ter sido o meu adeus também pra essa corrida.


      CAINDO DE MADURO

    Hoje, pela primeira vez, eu ia tentar correr 35'-5' pra ver mais ou menos como me sentiria no dia da corrida, já que levo aproximadamente 37-38 minutos pra correr 5K, e até agora eu não tinha corrido sem pausa mais do que 30min seguidos, correndo os 10 finais depois de caminhar por 1min. 
     Pois bem, estava eu feliz e no maior gás correndo quando, DO NADA, quase na metade da corrida, caí feito um saco de batatas no chão. Não, eu não torci o pé, meu joelho não falhou, eu não tropecei em nada, não pisei em buraco nem em terreno desnivelado, um pé não enroscou no outro... NADA. Num segundo eu estava em pé correndo e no seguinte eu estava no chão sem entender o que tinha acontecido. E isso que eu SEMPRE corro olhando pro chão justamente pra evitar quedas bestas.
      Bom, depois daqueles 5 segundos iniciais em que você pára em choque, e 'sente' seu corpo pra ver se não quebrou nada, vi que nada estava doendo absurdamente, o que era um bom sinal. Aí fui olhar pras minhas mãos, que eu coloquei na frente justamente pra não cair de cara no chão e... putz. Tava feio. E doendo. E sangrando. Quem for curioso e quiser se arriscar, clique aqui e aqui pra ver como ficou. A lateral da perna esquerda também ficou toda ralada, mas por sorte nem chegou a sangrar, só ficou (e ainda está) ardida como se tivesse sido queimada.


      SOLDIERING ON!
     O único inconveniente da queda, tirando a dor e obviamente o machucado, foi que eu caí longe pra dedéu de casa, a 2,5km do meu prédio, pra ser mais precisa. E não tinha ônibus, táxi nem nada por perto. E mesmo se tivesse, eu não poderia pagar por nenhum com cartão de débito, a única coisa que eu carregava comigo. Aí analisei a situação: eu estava longe de casa, ia demorar pra caramba pra eu voltar andando 2,5km, nenhum dos machucados era sério, eu ia perder um treino às vesperas da corrida, e os machucados iam arder do mesmo jeito comigo correndo ou andando. Foi aí que...


      ...sim, amigos, EU TERMINEI OS 5K CORRENDO. Coisa de louco? Sim. Recomendo? Não. Mas depois de ter sofrido a queda mais ridícula da minha vida, eu precisava terminar a corrida pra me sentir melhor. Fora que ia ser uma mão na roda chegar em casa antes da chuva, e rápido, pra poder tratar dos machucados.
      As mãos ainda estão doendo um bocado, a perna está melhor, e felizmente nenhum desses machucados vai me impedir de correr domingo que vem. Só é chato porque eu ainda tenho mais dois treinos pela frente antes da corrida, e agora estou com medo de cair de novo e me machucar de um jeito mais sério. Mas até segunda (que é para quando agendei meu penúltimo treino) espero que esse medinho já tenha passado. Daí volto aqui pra contar como foi correr 35min sem pausa.

      Acho que de novidades mesmo, tirando esse acidente, só tem o fato de eu ter começado a usar a joelheira de neoprene que encomendei por recomendação do fisioterapeuta. Ela tem sido tão boa pro meu joelho que reduziu em mais de um minuto o meu tempo total pra completar 5K, o que me deixou extremamente feliz. Mas a dor que ainda sinto depois e no dia seguinte estão me fazendo repensar esse negócio todo de corrida. Infelizmente. =/

domingo, 1 de maio de 2011

Novidades, novidades, novidades!

      Sei que tenho negligenciado esse blog, mas esse final de semestre na faculdade com entrega de trabalhos e tudo o mais tá osso. Então como faz um tempão que não escrevo, esse post aqui vai ser um resumão de tudo o que tem acontecido ultimamente.

     5K!
    Sim, finalmente cheguei aos 5km! Na verdade isso aconteceu antes do que eu esperava, se não me engano na semana seguinte depois de eu ter postado no blog pela última vez. Não foi sofrido como costumava ser quando eu corria na esteira. Como todas as pequenas metas que tenho completado, foi bastante prazeiroso ver que mais uma vez eu consegui ir além do que eu já estava indo sem praticamente morrer depois.
    Agora que cheguei nos 5K, tenho trabalhado nas pausas, já que eu estava correndo essa distância em dois intervalos de 19 minutos, com 1 minuto de caminhada no meio. Como o objetivo é conseguir correr 5K sem pausas, estou aumentando o primeiro intervalo e encurtando o segundo. Semana passada estava correndo 25'-14' e hoje pela primeira vez tentei 30'-9'. Foi cansativo, os músculos reclamaram, mas cheguei ao final! :)
      

      A PRIMEIRA CORRIDA
      

Desde que comecei a correr eu vinha procurando por uma corrida agora por volta de abril/maio/junho. O problema é que aqui em Nottingham só tinha ou corridas 10K ou 'Fun Runs', corridas em que você não têm um chip, cronômetros nem nada do tipo, servem só pra arrecadar fundos pra alguma instituição (nada contra, mas eu estava procurando algo mais 'oficial'). Aí no começo desse mês vi que conseguiria ir ao Brasil no final de maio, então aproveitei pra me inscrever no Circuito Athenas (cuja primeira etapa de 5K vai ser dia 22/05). Eu não acreditava muito nisso que as revistas especializadas dizem de que se inscrever numa corrida dá um gás a mais, mas olha, dá, viu. Você começa a levar os treinos mais a sério, se preocupa em dormir noites bem dormidas pra poder acordar cedo e ir treinar, come bem, não abusa quando está com dor, tudo pra estar nos trinques no dia da corrida. Percebi que tenho tomado mais conta de mim, que foi o que me levou a agendar minha segunda consulta no fisioterapeuta, pra variar, por causa do joelho.


      O JOELHO
    Desde que eu cheguei aos 5K o joelho tem reclamado cada vez mais do esforço. Enquanto antes eu conseguia correr dia sim, dia não, agora eu tenho precisado de pausas de no mínimo dois dias pro joelho se recuperar. Como eu estava preocupada de a corrida estar me fazendo mais mal do que bem, lá fui eu de novo em um fisioterapeuta.
      Felizmente as notícias foram todas positivas. Não, eu não precisarei parar de correr. Sim, o 'crec' que meu joelho faz toda vez que dobra (bem onde a seta na figura está mostrando) deixou o fisioterapeuta preocupado, mas ele disse que a condição não é permanente, não é nenhum tipo de lesão e dá pra reverter. A explicação que ele deu foi a mesma que a outra fisioterapeuta, a de que tem um desequilíbrio entre os músculos da coxa, e o interno, como está mais atrofiado, não está sustentando o joelho como deveria. A diferença é que os exercícios que ele passou são mais leves e causam menos impacto do que os que a outra fisioterapeuta passou. Basicamente, eu tenho que contrair o músculo da perna de um jeito que ele ensinou por 3s e depois relaxar, fazendo de 30 a 40 repetições diárias. Vamos ver no que dá. Ele também disse que uma proteção pro joelho também talvez ajude, não só por segurar tudo no lugar, mas por me dar também mais confiança pra correr, já que ele amortece parte do impacto e reduz a dor.

      Bom, é isso. Se eu não conseguir postar de novo nesse meio-tempo, com certeza posto antes e depois da corrida!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Visita ao fisioterapeuta

         Meta da semana: correr 34 minutos no total (2 blocos de 17' com pausa de 1' para caminhada). 

      Peço desculpas por ter meio que abandonado o blog desde que eu comecei a usar a sportsband e postar dados sobre meu progresso e sobre as corridas no Facebook e no site da Nike. Infelizmente a faculdade também não está me deixando muito tempo livre. Mas sei que estou devendo esse post desde que fui ao fisioterapeuta há quase 3 semanas, então vamos lá.

      O QUE ME LEVOU A PRECISAR DE UMA CONSULTA
      A dor no joelho direito vinha me incomodando bastante desde que eu havia começado a correr na rua, como eu comentei num post anterior. O problema é que começou só com o joelho direito, mas à medida que os dias foram passando, aquela junção do fêmur com a bacia do lado direito começou a doer também, assim como a planta do pé (!) esquerdo. A dor na planta do pé chegou a níveis tão insuportáveis (eu mal conseguia colocar o pé no chão pra andar depois da corrida) que foi o que me fez pegar o telefone e implorar por uma consulta no fisioterapeuta da universidade. Por sorte consegui um horário no mesmo dia.
      Durante a consulta, a fisioterapeuta fez vários testes comigo, olhou, apalpou e perguntou, sem encontrar nenhuma causa aparente pras minhas dores. Aí ela resolveu comparar os músculos ao redor do meus joelhos, e notou que tinha meio que um buraco, um vazio naquele músculo interno da coxa próximo ao joelho direito. Ela me mostrou, pediu pra eu mesma sentir, e foi super estranho sentir que em uma perna tinha músculo e na outra não. 
      Aí ela perguntou se eu tinha alguma vez sofrido algum acidente que tinha machucado minha perna direita, e eu mencionei o fatídico acidente de bicicleta sobre o qual eu escrevi sobre no primeiro post desse blog. Eu comentei também que demorou meses pra eu conseguir andar normalmente sem mancar nem nada, e ela disse que provavelmente por conta desse acidente e pelo jeito que eu andei esses meses todos, meu músculo VMO acabou atrofiando.
      O VMO (vastus medialis oblique, que vocês podem ver na foto abaixo), de acordo com o site Sports Injury Clinic, é o músculo que ajuda a estabilizar a patela e controlar o quanto ela se move quando o joelho dobra ou é esticado. Segundo a fisioterapeura, por causa desse músculo atrofiado, o joelho estava sobrecarregado, fazendo com que eu corresse torto pra compensar e machucando meu quadril e a planta do pé. Ela sugeriu então alguns exercícios pra fortalecer esse VMO e recomendou que eu corresse de vez em quando na grama, quando eu pudesse, pra diminuir o impacto da corrida.

      


      Confesso que não tenho ido à academia com a frequência que deveria pra fortalecer esse músculo, nem feito muitos exercícios em casa. Mas o pouco que tenho feito parece estar adiantando, já que essas dores praticamente desapareceram, com exceção do joelho, que sempre dói um tantinho.


      QUASE CHEGANDO AOS 5K!
      Como deu pra ver no início do post, atualmente tenho corrido 34 minutos, o que dá aproximadamente 4,5km. Acho incrível o progresso que fiz desde que larguei a esteira e comecei a correr ao ar livre. Claro que as dores tão aí pra provar que correr na rua também tem seus contras, mas me sinto super bem de ver que não fico mais dependendo do relógio pra ver quando que o sofrimento de correr sempre no mesmo lugar vai acabar, nem sofrendo horrores toda vez que tenho que aumentar o tempo total de corrida.
      Mas enfim. Seguindo nesse ritmo de aumentar 4 minutos por semana (2 na ida e 2 na volta), em duas semanas estou chegando aos 5K. O desafio a partir daí vai ser correr 5K sem a pausa que faço sempre no meio para caminhar. Mas isso é assunto pra outro post. :)

segunda-feira, 14 de março de 2011

POST COMEMORATIVO: 3K!


      Pra ser sincera eu achava que o post de hoje ia ser comemorativo por eu ter batido a meta de 2,5km, e não a de 3km. Foi uma agradável surpresa ver pelo Google Maps que, ao contrário do que o meu sensor (erroneamente) marcou, eu tinha corrido 3,1km nos 24' de treino de hoje.
      Então YAY, parabéns pra mim! x] Nesse ritmo, antes do final de abril devo estar correndo os 5K!
      E pensar, caros leitores desse blog, que menos de 2 meses atrás eu vinha levando uma vida completamente sedentária há mais de um ano! Até lembro de como achei que fosse morrer na primeira vez que corri 7 minutos em séries de 1' cada na academia. E de lá pra cá fiz um progresso considerável, já que agora já estou correndo 24 minutos no total, em 2 séries de 12. Ah, sim, e isso me leva ao primeiro assunto que quero discutir nesse post:


      O PLANO DE CORRIDA
      Como eu tinha comentado no post passado, o plano de corrida que eu vinha seguindo, junto com o fato de eu estar correndo apenas na esteira, não estavam me deixando muito feliz, muito menos motivada. Depois de muito procurar por um plano novo que estivesse de acordo com o que eu imaginava que funcionaria pra mim, sem sucesso, resolvi mandar o plano antigo às favas e criar o meu próprio. Descrevendo brevemente:

      ANTES: Tempo total de corrida dividido em 4, com 1 minuto de descanso entre cada série. Aumento de 4 minutos por semana (1 a mais em cada série).
      AGORA: Tempo total de corrida dividido em apenas 2, com 1 minuto de descanso entre cada série. Aumento de 4 minutos por semana (2 a mais em cada série). FASE ATUAL: 24' no total (2x12').

      Se esse plano de corrida é bom ou não, ou se é recomendado por experts no assunto ou não, eu realmente não sei. Mas tem funcionado pra mim, e no final das contas é isso o que importa. O plano anterior funcionou muito bem nas primeiras semanas, mas depois da quinta semana eu percebi que não estava mais progredindo muito com ele, o que me desmotivou seriamente. Mas não foi só o novo plano de corrida que me fez recuperar a motivação não, o que nos leva ao segundo tópico desse post:


      CORRENDO AO AR LIVRE
     Domingo passado decidi largar a esteira de vez e começar a "pound the pavement", como se diz por aqui. E foi libertador, minha gente, libertador! Eu tinha perdido todo o tesão na corrida e correr na academia nada mais estava sendo do que um exercício puramente mecânico. Começar a correr ao ar livre me fez sentir aquela empolgação toda das primeiras semanas novamente. Mas como tudo na vida, correr ao ar livre não é só coisa boa não, então listei aqui algumas coisas que andei notando nessa semana em comparação a correr na esteira:

      VANTAGENS DE CORRER AO AR LIVRE

  • Trabalhar mais grupos de músculos: Por conta das subidas e descidas, ao invés de só trabalhar uns poucos grupos de músculos, senti que correr no asfalto tem trabalhado muito mais vários outros grupos, principalmente panturrilhas e glúteos, coisa que a esteira, mesmo com uma inclinação de leve, não estava mais fazendo.
  • A paisagem deixa a coisa toda muito menos monótona, principalmente no meu caso, já que estou correndo em uma parte da cidade na qual eu nunca tinha estado antes. Então cada minuto a mais e cada quarteirão a mais que corro é uma parte nova da cidade que estou descobrindo. O fato de eu estar passando por algumas landmarks que são lindas de tirar o fòlego também tem ajudado a coisa toda a se manter interesante.
  • É mais fácil controlar o ritmo. Ao contrário da esteira, em que vc aperta um botão e ela determina a velocidade que você corre, correr na rua permite que você ajuste a velocidade de uma forma mais 'fina'. O que eu sentia na esteira é que no fim das contas nunca tinha uma velocidade boa. Ou eu estava "correndo mais que a esteira", ou eu estava bufando porque estava muito puxado. Mas de novo, acho que é uma característica minha (ou problema meu, não sei) não conseguir correr o tempo todo na mesma velocidade, outra razão pela qual eu estava sofrendo tanto na esteira.
  • Ver outros corredores na rua dá um baita ânimo! Apesar de eu não fazer parte de nenhum clube de corrida, percebi que cruzar com outros corredores no caminho, mesmo que eu não fale ou conheça ninguém, dá um baita de um ânimo. Não sei explicar bem o motivo, mas deve ter algo a ver com a sensação de "pertencer a um grupo", de ver gente dando duro e curtindo a corrida tanto quanto você está. Engraçado que eu nunca tive essa mesma sensação na academia... vai entender.

      DESVANTAGENS
  • É mais difícil manter o ritmo. Se por um lado dá pra ajustar a velocidade de uma forma mais fácil, ter certeza que essa velocidade será mantida está sendo bastante difícil pra mim. Como dá pra ver nesse meu gráfico de corrida da semana passada, por exemplo, minha velocidade varia bastante durante a corrida, e prevejo que esse será um dos meus maiores problemas quando eu parar de treinar pra melhorar a quilometragem e começar a treinar pra melhorar minha velocidade.
  • Semáforos e terreno irregular atrapalham. A menos que você tenha sorte de treinar em um circuito, semáforos e o trânsito vão ocasionalmente fazer você ficar correndo no lugar pra não perder o ritmo enquanto espera o semáforo de pedestres abrir. E o fato de calçadas não serem sempre regulares sempre exige de você um pouco mais atenção (mais ainda pros desastrados como eu) pra não torcer o pé ou enfiá-lo numa poça ou buraco.
  • As dô: As dores têm de longe sido o maior problema, porque minhas pernas têm sentido bastante a diferença entre correr em uma esteira com amortecedor e correr no asfalto duro. Dói joelho, dói planta do pé e dói a junção da bacia com o fêmur (se bem que esse último eu resolvi mexendo menos o quadril lateramente enquanto corro, o que segundo a Runners' World parece ser uma técnica de escape de corredores cansados =P). O bom é que eles doem depois da corrida e no dia seguinte, mas no dia de correr de novo eu já estou nova em folha outra vez. Então pra falar a verdade essas dores não têm me preocupado muito, apesar de eu estar planejando visitar um ortopedista/fisioterapeuta só pra ter certeza de que está tudo ok.

      Mas mesmo com essas desvantagens, no final das contas tenho estado bastante feliz e satisfeita com a mudança da academia pro asfalto, e espero mesmo continuar progredindo rumo aos 5K. Mas esse post fica por aqui. Com sorte consigo postar mais essa semana. :)

      Ah sim, sempre bom avisar: não tomem tudo o que eu disse nesse post como verdade absoluta. Essas foram só as minhas impressões durante essa semana de corrida, sem base alguma em qualquer tipo de recomendação médica.


domingo, 6 de março de 2011

Trying to get back on track

      Antes de mais nada, aviso aos leitores: eu parei de postar nessas últimas 2 semanas, mas não, eu NÃO parei de correr! A meta dos 5K continua a mesma, e continuo treinando pra chegar lá! O que aconteceu foi minha vida ter estado super bagunçada nessas últimas semanas e as coisas terem apertado na faculdade, de forma que os treinos acabaram ficando em segundo plano.

     MAIS ERROS ALONG THE WAY
    Vivendo e aprendendo, né. Depois da quarta semana a coisa toda descambou, e os treinos estavam uma bagunça.
    Comecei a quinta semana errado quando decidi entrar na quinta semana do plano (o que significaria correr 20 minutos no total, em 4 blocos de 5 minutos cada) depois de uma quarta semana fraca, na qual eu mal e mal tinha conseguido correr 16 minutos decentemente. Resultado? Passei essas últimas duas semanas tentando completar, sem sucesso, os 5-5-5-5.
     Fica aqui um registro dos tempos que corri nos treinos que fiz nessas últimas semanas:

5-3-2
5-5-3-3
5-5
5-5-3-3
5-5-4-3

        Nada bonito, né? Pois é. Ao invés de eu ter refeito a quarta semana pra ter certeza que eu conseguia correr 4-4-4-4 confortavelmente, não, insisti em pular direto pros 5-5-5-5. E justo nas semanas em que minha motivação não era das melhores.
      Cheguei ao final dessa semana sentindo como se eu tivesse atingido um platô, em que cada minuto a mais corrido era extremamente doloroso e eu não sentia realmente que estava progredindo, só sofrendo. Daí o que era pra ser algo prazeroso começou a virar obrigação e correr na esteira tornou-se uma atividade extremamente tediosa e sofrida, sempre atrelada à musculação que eu fazia depois (que acabou tendo prioridade em relação à corrida simplesmente porque eu sofria menos).


      HORA DE MUDAR
     Com a coisa toda degringolando, vi que precisava arranjar uma nova maneira de me sentir motivada antes que eu desistisse de vez da corrida. Andei dando uma olhada em diferentes planos de corrida, mas nada parecia interessante, já que o que me incomodava não só era o fato de estar correndo na esteira, mas também de estar correndo em muitos blocos, com as pausas entre blocos estragando o ritmo de corrida ao invés de ajudar. Eu preferia poder correr, por exemplo, em 2 blocos de 10 do que em 4 de 5, mas nenhum dos planos que andei pesquisando tinha algo desse tipo. 
      Daí resolvi mudar a coisa toda, já que novidades sempre deixam tudo mais interessante. E como já tinha um tempinho que eu estava curiosa pra correr ao ar livre em uns locais que descobri que são bons pra corredores aqui em Nottingham, decidi tentar, e foi o que fiz hoje. Mas isso é assunto pro próximo post. ;-)